Os cientistas estudam. Médicos recomendam-no. Milhões de americanos, praticam todos os dias. Porquê? Porque a meditação funciona..."- Revista Time
Muitos de nós vemos a meditação como uma prática espiritual que é reservada para os monges que vivem em mosteiros, mas na realidade, a meditação é uma prática simples e acessível que qualquer um pode apreciar e beneficiar. Quando você descobrir os benefícios de aprender a meditar (que irei colocar aqui ao longo dos dias) ou experimentar uma meditação guiada, descobrirá esta maravilha, não é de admirar que a meditação esteja cada vez mais popular.
A meditação é um método científico para penetrarmos nas camadas mais profundas do nosso ser. A sabedoria das várias tradições contemplativas remonta há muitos milhares de anos. Tem sido transmitida, através dos séculos, tanto no Oriente, como no Ocidente. Todos os seres humanos que, ao longo de vidas difíceis, pararam para procurar a sua verdade interior, meditando, rigorosamente com grande determinação, começaram uma busca fervorosa de uma vida mais feliz e mais preenchida. Meditar é ter poder que nos torna capazes de resistir a tudo.
A meditação constitui o meio mais extraordinário e poderoso para mudarmos a nossa vida para melhor. Ensina-nos a “domesticar” os pensamentos mais descontrolados e a flutuação das nossas emoções, dando lugar a uma maior clareza que permite à sabedoria instintiva e à intuição manifestar-se.
A arte da meditação é o método mais antigo para tranquilizar a mente e relaxar o corpo. A meditação é, em essência, um treino sistemático da atenção, concentração, escuta ou fluidez. Tudo depende de cada um e de como é encarada! Ela tem como objectivo desenvolver a capacidade de concentração e enriquecer nossa percepção. Talvez o principal efeito da meditação seja proporcionar ao seu corpo um repouso profundo, enquanto a sua mente se mantém alerta. Isto faz baixar a pressão sanguínea e diminuir o ritmo do coração, ajudando o corpo a recuperar. O repouso profundo propiciado pela meditação traz benefícios como o de reforçar o sistema imunológico que é a defesa do nosso organismo. Talvez o efeito mais importante da meditação seja a paz interior, um refúgio onde se pode escapar da turbulência do dia-a-dia.
A palavra meditação vem do latim, meditare, que significa voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si. Em sânscrito, é chamada dhyana, obtida pelas técnicas de dharana (concentração).
Há registos de práticas regulares que se assemelham à meditação, datadas de há milhares de anos. Nessas épocas, as práticas contemplativas eram utilizadas pelos sábios das várias culturas.
Há cerca de 4000 anos, os egípcios e os gregos tinham templos denominados de serapeum, onde as pessoas praticavam a incubação de sonhos, ou seja, a pessoa dormia no templo sujeitando-se a um ritual de jejum, banhos, unções e oração, na esperança de terem um sonho revelador que fosse, depois, interpretado pelos sacerdotes do templo.
No mundo tribal, vivia-se em grande comunhão com a Natureza. A forma primitiva de religião destas tribos incluía cerimónias e rituais com tambores e danças que conduziam a estados de êxtase e visões, através das quais o mundo dos espíritos se manifestava. Especialistas em estados de transe, os xamãs conseguiam comunicar, tal como na meditação. Também os monges e freiras, na Idade Média, nos mosteiros, dedicavam a sua existência de reclusão, jejum e celibato, à oração e à contemplação solitária, sendo esta uma forma de meditação.
Mas a meditação, na realidade, desenvolveu-se a partir da tradição hinduísta, que combinava o yoga com esta técnica. O físico, o mental e o espiritual eram unidos de forma harmoniosa, tornando-se um todo, integrando na energia cósmica.
Há vários tipos de meditação. É uma questão de se escolher o que melhor se adequa à nossa pessoa.
A meditação é um método científico para penetrarmos nas camadas mais profundas do nosso ser. A sabedoria das várias tradições contemplativas remonta há muitos milhares de anos. Tem sido transmitida, através dos séculos, tanto no Oriente, como no Ocidente. Todos os seres humanos que, ao longo de vidas difíceis, pararam para procurar a sua verdade interior, meditando, rigorosamente com grande determinação, começaram uma busca fervorosa de uma vida mais feliz e mais preenchida. Meditar é ter poder que nos torna capazes de resistir a tudo.
A meditação constitui o meio mais extraordinário e poderoso para mudarmos a nossa vida para melhor. Ensina-nos a “domesticar” os pensamentos mais descontrolados e a flutuação das nossas emoções, dando lugar a uma maior clareza que permite à sabedoria instintiva e à intuição manifestar-se.
Meditar sobre um determinado tema é concentrar-se nele; abstrair-se inteiramente na acção de pensar; impregnar todas as células do corpo - físico, espiritual e mental – do elemento sob o foco da meditação. E contemplar, ver a forma incorpórea de tudo que gerou o objecto da meditação. Enfim, é fundir-se inteiramente na sua essência e ser aquilo que se medita.
A mente é como um filtro que foi se cristalizando através de várias gerações, tendo como endurecimento final o tempo de nosso nascimento, nesta vida, até o momento presente. Esse filtro impede de vermos a realidade tal como ela é. Através dos filtros somente podemos ver aquilo que se passa, isto é, as imagens externas produzidas no veículo mental.
Quando presenciamos uma ocorrência qualquer, imediatamente passamos a analisar e julgar esse acontecimento de acordo com os filtros mentais.
A meditação é a única forma capaz de nos conduzir seguramente ao nosso interior, ao nosso inconsciente. Onde estão guardadas todas as informações referentes aos inúmeros ciclos de vida, a nossa primeira vida, às nossas diversas reencarnações e ainda passando pela história pessoal da nossa infância até este exacto instante. Desta forma, inconsciente tornar-se consciente, a informação oculta torna-se compreensão e sabedoria.
A arte de meditar gera uma personalidade magnética e forte. Abre as porta para o conhecimento intuitivo e desabrocha os poderes latentes da alma. Ela coloca- nos em contacto com as inteligências atómicas do nosso mundo interior. Atrai à mente os pensamentos puros afins às vibrações superiores e faz-nos compreender o Todo por meio das partes, e os relacionamentos das partes entre si para a criação do Todo.
Padrões antigos de energia dissolvem-se, os centros energéticos equilibram-se, os corpos de energia alimentam-se e o fluxo suave de energia restabelece- se.
A meditação regular cria novos canais para circulação de energias, nova correntes nervosas, regenera os neurónios, infunde novos sentimentos pensamentos e acções. Por fim, a finalidade última da meditação é levar-nos ao êxtase.
As pessoas que começam a meditar pela primeira vez, acabam por descobrir que uma simples rotina de 5 minutos por dia faz uma grande diferença nas suas vidas.
Meditação, na sua expressão mais simples, é estar num estado “vazio”. Devido ao ritmo frenético que gere a nossa vida presentemente, sempre ocupadas e cheias de stress, ao sentarmo-nos e aquietarmo-nos, assim como ao nosso pensamento, que nunca cessa, muitas vezes entusiasmado pelas nossas emoções, a meditação consegue induzir-nos um estado de apaziguamento interior. Assim sendo, a nossa saúde mental e física melhora.
Está comprovado que a meditação comporta muitos benefícios para o indivíduo. A respiração profunda e controlada aumenta a transmissão de oxigénio ao organismo e acalma o sistema nervoso. Este aumento do fluxo respiratório e de sangue oxigenado, faz baixar o débito cardíaco, faz baixar a pressão arterial elevada, quase de forma imediata.
Meditar com regularidade ajuda a acalmar a cabeça do seu constante tagarelar, ajudando a tomar decisões mais eficazes. Controlar a mente e quaisquer reacções compulsivas, permite-nos ter uma perspectiva mais eficaz e clara das situações e faz desaparecer julgamentos impulsivos. A meditação é um instrumento poderoso no que diz respeito a aquietar as mentes egocêntricas e a lembrar-nos que temos de viver uma vida autêntica, mais serena e descontraída.
Ao oferecermos à nossa mente o tempo e o espaço para diminuir a sua hiperactividade, descobrimos que é motivado pelo próprio senso comum e sabedoria interior. Deste modo, aprendemos a agir com base numa realidade pessoal que é mais verdadeira, pois entra no domínio da intuição. Contudo, a intuição não se manifesta quando a mente está embrenhada em análises, críticas, julgamentos e percepções programadas.
As Fases da Mente em Meditação
Associação
O pensamento comum, é o estado natural da nossa mente, é o pensar associativo, um pensamento leva a outro, sem qualquer direcção da sua parte. O pensamento leva-o por si a outro por causa da associação.
Quando vemos um cão a atravessar a rua, por exemplo: no momento em que o vemos, a nossa mente começa a pensar em cães. O cão conduz o pensamento, e a mente faz muitas associações. Quando éramos crianças, se tínhamos medo de um cão em particular, esse cão vem à nossa mente e nossa infância também. Então os cães são esquecidos. E, apenas por associação, começamos a relembrar a infância, depois a infância continua ligada às outras coisas, e começamos a mover- nos em círculos.
Não existe conexão lógica, apenas uma associação na mente. Se eu tivesse atravessado a rua, o mesmo cão não me levaria à infância. Levaria a outra coisa qualquer. Todos temos elos associativos na mente, em qualquer corrente, qualquer acontecimento, qualquer acidente. Então a mente começa a funcionar como um computador. E uma coisa leva à outra, outra leva ainda a outra e por aí fora.
Contemplação
O pensamento torna-se contemplação, quando não acontece naturalmente através da associação, mas é dirigido. Quando estamos a trabalhar um problema em particular e isolamos todas as associações. Tratamos apenas daquele problema, e direccionamos a nossa mente.
A mente tentará novamente escapar, por qualquer outro lado, para alguma associação. E nós cortamos todos os atalhos, deixando apenas em aberto uma via. A mente move-se numa linha única, dirigida. Isso é a contemplação.
Concentração
Concentrar-se é permanecer focado num só ponto. Não é contemplação. Não é pensar, não é contemplar. Na verdade é estar num só ponto, sem permitir que a mente se mova. No pensar, a mente move-se sem parar. Na contemplação é conduzida, dirigida, não pode escapar para lugar nenhum.
Na concentração a mente não tem permissão para se mover, só podendo ficar num único ponto. A energia inteira, o movimento inteiro pára e fixa-se nesse ponto.
Meditação
No pensar comum, a mente tem permissão para se mover para qualquer lugar; na contemplação, apenas para uma direcção, todas as outras são eliminadas; na concentração, não tem permissão para se mover nem mesmo numa única direcção. Pode-se concentrar apenas num ponto. E na meditação, a mente nem é permitida. Meditação é “não mente”.
Esses são os quatro estágios, pensamento comum, contemplação, concentração e meditação. A mente é capaz de compreender a concentração. Mas não pode compreender a meditação.