12 de setembro de 2011

O caminho - Parte II

Depois de ser plantada a semente da curiosidade e despertado o desejo inadiável de restaurar a nossa alma, começamos a encontrar os reis das lições de vida: os obstáculos! Serenamente ou de forma mais tumultuosa, por entre turbilhões de ideias, dúvidas e expectativas, começamos a encarar as nossas primeiras lições, as nossas oportunidades de crescer emocional e espiritualmente. Empurrões necessários para se andar na vida sem sonambulismos até acordarmos e até vermos claramente que temos de nos “curar” e como temos de o fazer. Casa desafio com que nos deparamos tem uma lição para nos oferecer e enquanto não aprendermos o que há para aprender, continuaremos a deparar-mo-nos com o mesmo desafio uma e duas e três vezes.

Pessoalmente, para avançar de forma vigorosa pelo caminho que tinha de perseguir, tive de passar por choques e por situações que me deixaram arrasada e que mudaram a minha forma de ver e de viver a vida em vários sentidos. Eventos súbitos que abalaram as minhas verdades, o meu sentido de segurança e de sobrevivência, assim como o de família. Surgiram sentimentos complicados e dolorosos e uma profunda tristeza e impotência.

Estes acontecimentos mexem com a nossa personalidade e maneira de estar e de nos mostrarmos no mundo. Tendemos a perceber-mo-nos melhor ou até a conhecer-mo-nos (sim, eu descobri que não me conhecia de todo) e a mostrarmos ao mundo a nossa essência da forma como nos aprouver! Com o passar do tempo, e sem me libertar da minha tristeza, conflitos e desgosto interior, a minha alma começou a abanar-me. Não a senti. Então os meus Mestres e Guias, começaram a sussurrar-me. Mal os ouvi! Continuei a enterrar a dor e que “Deus me livrasse” de incomodar alguém com os meus disparates complicados e surreais! Tinha o maldito vício de achar que era muito mais importante agradar aos outros do que satisfazer as minhas próprias necessidades! E que vício… um dos difíceis! Até que Eles foram mais drásticos, e decidiram despertar-me de vez!

É nessa altura, quando conseguimos ver ou sentir o que está bloqueado, que os nossos Mestres terrenos, que estão destinados ao nosso caminho para nos direccionarem, aparecem! Mas atenção, só para quem está disposto a aceitá-los e para quem os quer ver e reconhecer como tal! Quando batemos no fundo, temos uma escolha importante a fazer. Quando nos sentimos perdidos ou sozinhos, temos dificuldade em acreditar que as respostas estejam dentro de nós, levando a que nos abstraímos do nosso conhecimento interior. Até quando estamos estáveis e equilibrados é uma tarefa complicada.

Uma aventura espiritual inesperada, mas verdadeira, que nos guia por vários caminhos, zigue-zangueando, com o mesmo princípio: encontrar e explorar a espiritualidade. Experiências sagradas que não se destinam apenas aos abençoados e aos bafejados pela sorte, mas também a cada um de nós que tem em si o potencial para descobrir o divino na sua vida. Eis com o que muitos de nós nos deparamos a certa altura da nossa estadia aqui neste plano físico.