A Tradição Druídica é antiga e representa uma das fontes de inspiração da Tradição Espiritual do Ocidente. Mas, embora seja antiga, é tão relevante e viva hoje como sempre foi. Todas as espiritualidades crescem e mudam - e o Druidismo também mudou - e vive agora um Renascimento.
A prática do Druidismo costumava limitar-se àqueles que podiam aprender com as suas visitas a um Bosque ou a um Druida em particular. Mas, ao longo dos anos, a Ordem desenvolveu um curso empírico que pode ser feito onde quer que viva.
O estudo do Druidismo divide-se em três graus que correspondem às três divisões tradicionais dos antigos Druidas: a dos Bardos, dos Ovates e dos Druidas.
O primeiro grau, o de Bardo, introduz todos os conceitos básicos do Druidismo, monstrando que é uma via que pode ser praticada no mundo actual, trazendo uma maior sensação de ligação a toda a natureza e com a antiga herança da tradição de sabedoria druídica.
O objectivo do grau de Bardo é ajudar a fazer a vida florescer e desabrochar e ajudar a Alma a expressar-se plenamente no mundo, ajudando-o na descoberta das fontes do poder criativo individual, para que as suas dádivas possam fluir totalmente na vida. Para além disso, são ensinadas as técnicas fundamentais da espiritualidade druídica – a utilização do ritual, do espaço sagrado, do círculo, das direcções e dos elementos, que o ajudam na harmonização com o mundo natural, com os ritmos da Terra e da lua, do sol e das estrelas, assim como a aproximar-se do seu Eu Profundo.
O grau de Bardo está ligado às Artes, uma vez que através da música, da narração de histórias, da dança, poesia, pintura e escultura, que se desenvolvem as técnicas mais subtis que fazem parte do nosso Ser Espiritual e que despertam o nosso ser intelectual. Tal como o salmão regressa ao seu local de nascimento para desovar e tal como a psicoterapia nos encoraja a regressar à infância para encontrarmos renovação, é preciso seguir o rio até à sua nascente. No grau de Bardo, voltamos atrás no tempo para irmos ao encontro da sabedoria antiga e meditar à cerca da nossa própria vida para que possamos ser conduzidos ao momento de renascimento, isto é, de renovação.
Conforme renascemos, ganhamos uma nova consciência, criando-se um espírito de reverência por todas as coisas vivas, dando importância aos pontos cardeais, à música e ao encontro com os elementos da Natureza e com os princípios eternos. Torna-se, assim, evidente que o trabalho do Bardo seja xamânico, uma vez que envolve técnicas de viagem ao Outro Mundo em busca de inspiração e informação que traz para este plano para ajuda na cura e orientação dos outros.
O desejo de um Bardo é o de ser preenchido pela inspiração divina, expressando plenamente a sua criatividade inata, trazendo alegria e magia aos que o rodeiam. É crescer em sabedoria.